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domingo, 5 de maio de 2013

Sobre a Orquestra Sinfônica Brasileira




Pessoal da Música

Voltando à Orquestra Sinfônica Brasileira, a suspensão da verba de R$ 8 milhões pelo prefeito Eduardo Paes foi cancelada, possivelmente em razão da má repercussão no meio da população, dos músicos, das entidades e representantes da categoria, além do empenho do presidente da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira (FOSB), gestora da   Orquestra Sinfônica Brasileira e Orquestra Sinfônica Brasileira Ópera & Repertório. Esse corte retiraria 20% de um orçamento de R$ 40 milhões. Em contrapartida, em reunião do prefeito com o Conselho da Fundação e o Secretário Municipal de Cultura, Eduardo Paes exigiu que o Secretário integrasse o corpo de conselheiros para “aproximar a FOSB e órgãos municipais”.

A OSB é uma das mais importantes orquestras brasileiras, fundada há mais de setenta anos. É um organismo público-privado com recursos do BNDES, da Vale do Rio Doce e da iniciativa privada, recebendo o apoio do Município do Rio de Janeiro.    

Parece ótimo ... mas não é. Continuam os problemas. Não foi descartada a intenção de reunir as duas orquestras: a OSB com  a Orquestra Petrobrás Sinfônica em uma única grande orquestra “como o Rio de Janeiro merece”.Ver detalhes no facebook:  niomar.souza.12. Leia mais sobre esse assunto em



Um absurdo da cabeça de quem não entende de música clássica e, no mínimo, para invadir seara alheia, devia pedir assessoramento a um especialista sério e honesto para não fazer bobagem. A presidente do Sindicato dos Músicos Profissionais do RJ, por exemplo, afirma ser essa pretensão, estapafúrdia e sem sentido. A prefeitura divulgou que alguns músicos tocam nas duas orquestras o que não é verdade uma vez que na OSB o trabalho é em regime de exclusividade.


 

E os problemas continuam. No site  Para Onde Vai a Orquestra Sinfônica Brasileira,


encontramos que o Secretário de Cultura e o presidente do complexo cultural Cidade das Artes divergem sobre ceder espaço neste local para a OSB e  OSB O&R cumprindo a promessa feita pelo prefeito Cesar Maia, em 2002.

A Cidade das Artes, situada na Barra da Tijuca,  é uma edificação moderna e ampla, destinada a abrigar eventos culturais artísticos que levou 10 anos para ser concluída e custou mais de R$ 500 milhões, sendo que no início foi pensada como Cidade da Música.

O Secretário Municipal de Cultura afirma que instalar a OSB e OSB O & R na Cidade das Artes é o caminho “natural”. A OSB é  A orquestra do Rio de Janeiro.

O presidente da Fundação Cidade das Artes insiste que esta “não será a casa   da OSB e nem de ninguém. É inviável”. Uma orquestra com mais de duzentos funcionários ocuparia integralmente o espaço inviabilizando o uso das salas e a apresentação de várias produções simultaneamente.

Já o presidente da Fundação OSB esclarece que seu sonho é estabelecer a sede da orquestra o quanto antes na Cidade das Artes, o que faz sentido para os músicos e para toda a cidade do Rio.

Em meio à indecisão, estão os mais de cem músicos das orquestras da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira.

A Cidade das Artes será inaugurada no próximo dia 16 com os seguintes espetáculos: um balé de Deborah Colker, uma peça de Marco Nanini, um recital com a pianista Tamila Salindjanova e shows de Elza Soares e do DJ Mark Lambert.


A Orquestra Sinfônica Brasileira merece muito mais respeito e reconhecimento pelo papel essencial que representa para a cultura do Rio de Janeiro.

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